PROTAGONISMO JUVENIL
A juventude do bairro Demócrito Rocha se organizaram e fizeram um pedido ao presidente da câmera dos vereadores de Fortaleza ,Acrísio Senna.O pedido foi a abertura nos sabados pela manha do colegio Paulo Sarazate,para que se retorne as oficinas de hiphop do MH2O, e os jogos de futsal no ginasio da escola.
Acrisio Sena de pronto atendeu ao pedido e ficou feliz pela a organização dos jovens local.
08 setembro 2012
16 junho 2012
09 junho 2012
Devido a problemas admistrativos e politícos do ultimo congresso nacional. O MH2O esta temporariamente sem coordenação,então os acordos firmados em 2012 foram feitos com as posses (grupos)envolvidos, e não com o coletivo unificado do MH2O.Estamos se preparando para organizar nosso congresso e tirar nossos dirigentes,ate lá ninguem fala por todos nos do Movimento Hip Hop Organizado do Brasil.
28 maio 2012
27 maio 2012
26 maio 2012
CAPÍTULO
IV
DEMÓCRITO ROCHA E A QUESTÃO DA CIDADANIA.
4.1 -
Demócrito Rocha: suas histórias, seus encantos.
O bairro
Demócrito Rocha tem uma história cheia de fatos e símbolos,como
qualquer bairro periférico de uma grande metrópole brasileira. Sua
históriacomeça no século passado, por volta da década de 1950,
quando ainda não tinhaesse nome, mesmo porque o famoso jornalista,
nascido na Bahia e radicado noCeará, tinha há pouco falecido no ano
de 1943. Então, quais os motivos quelevaram os moradores a
homenageá-lo, dando seu nome àquele pedaço deintimidade das
famílias, dos cheiros de bolos nas janelas, do namoro de portão
da juventude, dos encontros de vizinhos, das conversas dos
compadres e comadres?Que fatos e acontecimentos ocorreram para a
comunidade se denominar bairroDemócrito Rocha.Inicialmente, não era
um bairro, mas um conjunto de casas de famíliasconhecidas umas das
outras. Era uma região de Fortaleza próxima a duas lagoasmuito
conhecidas: a Lagoa de Parangaba e a Lagoa do Porangabussú. Era
umaglomerado de casas e nelas pessoas simples traziam consigo
estórias do interior.O local era denominado “Marupiara”, segundo
moradora antiga nobairro, que significa “local dos caciques”. A
mesma moradora afirma que a origem desse nome tem a ver com o inicio
das construções daquelas casas nolocal. Segundo ela, quando
criança, seus pais falavam estórias de índios maisvelhos, que
moravam naquela região e, durante o dia, pescavam na Lagoa
deParangaba e, à noite, retornavam para dormir. Esse grupo pequeno
de índios,cerca de 10 a 15, em contato com os primeiros moradores
urbanos, intitularam-sede marupiaras e assim começou a estória do
local.Para ser mais preciso, essa estória ocorreu no início do
século XX, porvolta dos anos 1914 e 1920, quando o Ceará, ou
melhor, a elite local de Fortaleza,vivenciava a chamada “
Belle
Époque 40
,”
período
conhecido pelo domíniopolítico, econômico e cultural da Europa
sobre o Brasil, sobretudo, países comoFrança e Inglaterra que
despejavam aqui idéias preconceituosas e racistas, comoas “verdades
absolutas da ciência”, “superioridade da raça branca” entre
tantasoutras coisas.O local chamado Marupiara, de pequeno tamanho,
fazia parte de umbairro maior chamado Pan-americano, nome que tem a
ver com a homenagem aopan-americanismo, ou integração das Américas.
“Aqui
antes tinha uma pequena vila de casas e as pessoas eram conhecidas de
todomundo havia um clima bom de aproximação. Nesse espaço, por
exemplo, era um campo[local hoje, ocupado por casas populares] e
muita gente vinha jogar era o pessoal dabela vista e do pan-americano
era muito comum aqui as conversas no final da tarde,meu pai
conversava muito com os vizinhos tomando café e conversando da vida
nointerior”(Entrevista com morador local nº01 )
Por volta
de 1954, um fato naquela pequena comunidade foi um divisorde águas
entre o Pan-americano e o Marupiara. Havia notícia, na época, de
umaumento nas passagens de ônibus da Capital. Em decorrência disto,
foi organizada pelos estudantes do Marupiara uma mobilização, em
que, além de muitosestudantes participaram também professores,
segundo moradora local:
“(...)
foi um grande protesto onde muitos estudantes participaram, paramos
as aulas docolégio e saímos as ruas para protestar, a policia teve
aqui e foi maior confusão muitabriga e muita correria, aqui menino,
teve até nota no jornal na época. Foi muito bom pra gente
àquela mobilização de estudantes ficamos conhecidos na
comunidade”(Entrevista com moradora local nº01)
82
A
Associação de Moradores, ao mudar a denominação do novo
bairro,escolheu o nome de Demócrito Rocha homenagem ao jornalista
criador do JornalO Povo, que há pouco tempo falecera
42
em
Fortaleza.
“Teve
muita coisa aqui menino, olhe nessa época estávamos reunidos na
associação para decidir o nome da comunidade então chamamos
a comunidade depois de muitaconversa a mulher do Chiquinho
[secretário
da comunidade]
se
lembrou do Dr.Demócrito e a comunidade gostou e ficou com o
nome do doutor
[DemócritoRocha]”(Entrevista
com um morador local nº 02)
82
A
Associação de Moradores, ao mudar a denominação do novo
bairro,escolheu o nome de Demócrito Rocha homenagem ao jornalista
criador do JornalO Povo, que há pouco tempo falecera
42
em
Fortaleza.
“Teve
muita coisa aqui menino, olhe nessa época estávamos reunidos na
associação para decidir o nome da comunidade então chamamos
a comunidade depois de muitaconversa a mulher do Chiquinho
[secretário
da comunidade]
se
lembrou do Dr.Demócrito e a comunidade gostou e ficou com o
nome do doutor
[DemócritoRocha
]”(Entrevista
com um morador local nº 02).
Mapa da
regional IV, a qual pertence o Bairro Demócrito Rocha.
Em
1980, com a ditadura militar no Brasil e a política dos coronéis
noCeará, houve perseguição política, e a Associação
Comunitária do bairrofuncionou de forma clandestina. Foi um período
em que alguns de seus líderes mudaram para outros bairros, e outros
iniciaram aproximação com políticos quedefendiam o regime
militar.Segundo moradora antiga do bairro:
“O
período foi tenso; era militar para todo lado a gente nem sabia o
que fazer quando fecharam [Associação de Moradores] bateu o
medo. Algumas pessoas que participavamda diretoria saíram do bairro.
Já outras ficaram e conheceram políticos ligados aosmilitares. A
coisa aqui ficou mais ou menos ganhamos algumas coisas com eles
mais ficamos desconfiados, pois nos sentimos vigiados”
(Entrevista com Moradora localnº03).
Em 1982,
com a promulgação da Lei da Anistia, os moradores locais,como Dona
Aldenora, Seu Joaquim, Dona Margarida, Dona Helena, Seu Edsonentre
outros, resolvem reabrir a Associação Comunitária. Suas
primeirasiniciativas, quando começam as atividades, é cadastrar os
habitantes locais epropor um mutirão, para catalogar os moradores e
solicitar energia e água para obairro.Dona Aldenora, uma das
participantes da diretoria da Associação,constrói uma escola a que
dá nome de Colégio São Sebastião. No pátio destecolégio, começa
a ser realizada a reunião da diretoria da Associação deMoradores.
Eles aproveitam o espaço físico para mobilizar as pessoas do bairro
efazerem atividades lúdicas, como por exemplo, festinhas
religiosas43
84
Na
década de 90, a comunidade se dedicou a fazer trabalho com
os jovens, na linha da prevenção das Doenças Sexualmente
Transmissíveis (DST) e,com a elaboração de cursos de
profissionalização de jovens e adultos, realizadosem convênios
com a Prefeitura de Fortaleza, o governo do Estado e
OrganizaçõesNão-Governamentais. Estes trabalhos deram
credibilidade à atividade comunitáriada líder, Dona Aldenora,
cada vez mais sensibilizando a população a participar demovimento
popular.Com o passar do tempo, o bairro foi crescendo até alcançar
suaautonomia em relação aos outros bairros vizinhos. Construções
de escolas epostos de saúde contribuíram para que a comunidade
passasse a ser assistida e tersuas condições de vida melhoradas.O
bairro para seu desenvolvimento conquistou o alargamento
easfaltamento de ruas locais que possibilitaram maior rapidez no
deslocamento dosmoradores tanto com o centro da cidade como para o
litoral leste de Fortaleza,como a região do Antônio Bezerra e o
município de Caucaia
O que pode
ser notado nesse processo de autonomia é que houve certamobilização
popular para produzir um discurso que agregasse e sensibilizasse
acomunidade para lutar por melhores condições de subsistência, ou
seja, foi nessepedaço onde as relações sociais foram tecidas, os
símbolos locais construídos,códigos comuns puderam ser expandidos
e alcançaram o espaço da autonomia ouespaço de ser bairro.
86
Naquele
momento, pode-se notar que existia uma produção simbólicade
recursos sociais, uma mobilização de interesses, uma troca de
informações,gerando, de certa forma, uma rede de organização
social que buscava seu espaçodentro do contexto geográfico do
local que pouco depois se transformou embairro e foi denominado de
Demócrito Rocha e um espaço simbólico na relaçãocom entidades
públicas estaduais e municipais.O que se nota no mundo social da
comunidade do bairro DemócritoRocha é a história de tentativas em
busca de uma emancipação pela autonomialocal. As lutas travadas na
comunidade auxiliaram o despertar para atitudes demobilizações e
criar um elo entre os moradores, promotores de acumulação
decapital social no bairro.
Capital
social e rede de conexões na periferia
Não é
nova a idéia de considerar a natureza e a qualidade das
relaçõessociais dentro de importantes repercussões sobre o
bem-estar das pessoas, dascoletividades e das sociedades, entretanto,
perceber as relações sociais como umaforma de capital social ainda
é recente.O capital social aqui compreendido é aquele inscrito
por Bourdieu(1982) como sendo uma reunião de recursos reais ou
potenciais em que o agentesocial mobiliza para adquirir a sua
legitimidade no grupo em que atua e paraconseguir através desse
grupo instaurar uma rede de conexões sociais mais oumenos
institucionalizadas
87
No ano
2000, surgiu no bairro Demócrito Rocha uma proposta deparceria
comunitária entre a comunidade e a recém-criada Agência da
Cidadania.A parceria era feita da seguinte forma: a comunidade teria
seu representante naagência para acompanhar os atendimentos e
possibilitar maior aproximação comos moradores, e a agência
entraria com os serviços e as oficinas; o espaço daagência também
era concedido no caso de a comunidade dele precisar pararealizar
alguma atividade comunitária
04 maio 2012
29 abril 2012
História do
Dia do Trabalho
O Dia do Trabalho é comemorado em 1º de maio. No Brasil e em vários
países do mundo é um feriado nacional, dedicado a festas, manifestações,
passeatas,
exposições e eventos reivindicatórios.
A
História do Dia do Trabalho remonta o ano de 1886 na industrializada cidade de Chicargo
(Estados Unidos). No dia 1º de maio deste ano, milhares de
trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho,
entre elas, a redução da jornada de trabalho de treze para oito horas
diárias. Neste mesmo dia ocorreu nos Estados Unidos uma grande greve geral dos trabalhadores.
Dois dias após os acontecimentos, um conflito envolvendo policiais e trabalhadores provocou a morte de alguns manifestantes. Este fato gerou revolta nos trabalhadores, provocando outros enfrentamentos com policiais. No dia 4 de maio, num conflito de rua, manifestantes atiraram uma bomba nos policiais, provocando a morte de sete deles. Foi o estopim para que os policiais começassem a atirar no grupo de manifestantes. O resultado foi a morte de doze protestantes e dezenas de pessoas feridas.
Foram dias marcantes na história da luta dos trabalhadores por melhores condições de trabalho. Para homenagear aqueles que morreram nos conflitos, a Segunda Internacional Socialista, ocorrida na capital francesa em 20 de junho de 1889, criou o Dia Mundial do Trabalho, que seria comemorado em 1º de maio de cada ano.
Aqui no Brasil existem relatos de que a data é comemorada desde o ano de 1895. Porém, foi somente em setembro de 1925 que esta data tornou-se oficial, após a criação de um decreto do então presidente Artur Bernardes.
Fatos importantes relacionados ao 1º de maio no Brasil:
- Em 1º de maio de 1940, o presidente Getulia Vargas instituiu o salário minimo. Este deveria suprir as necessidades básicas de uma família (moradia, alimentação, saúde, vestuário, educação e lazer)
Dois dias após os acontecimentos, um conflito envolvendo policiais e trabalhadores provocou a morte de alguns manifestantes. Este fato gerou revolta nos trabalhadores, provocando outros enfrentamentos com policiais. No dia 4 de maio, num conflito de rua, manifestantes atiraram uma bomba nos policiais, provocando a morte de sete deles. Foi o estopim para que os policiais começassem a atirar no grupo de manifestantes. O resultado foi a morte de doze protestantes e dezenas de pessoas feridas.
Foram dias marcantes na história da luta dos trabalhadores por melhores condições de trabalho. Para homenagear aqueles que morreram nos conflitos, a Segunda Internacional Socialista, ocorrida na capital francesa em 20 de junho de 1889, criou o Dia Mundial do Trabalho, que seria comemorado em 1º de maio de cada ano.
Aqui no Brasil existem relatos de que a data é comemorada desde o ano de 1895. Porém, foi somente em setembro de 1925 que esta data tornou-se oficial, após a criação de um decreto do então presidente Artur Bernardes.
Fatos importantes relacionados ao 1º de maio no Brasil:
- Em 1º de maio de 1940, o presidente Getulia Vargas instituiu o salário minimo. Este deveria suprir as necessidades básicas de uma família (moradia, alimentação, saúde, vestuário, educação e lazer)
25 abril 2012
Demanda do MH2O no OP de juventude
O primeiro Centro de Atenção Psicossocial (Caps) com acolhimento
noturno da rede municipal de Saúde Mental foi inaugurado, na manhã de
ontem, pela prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins. A ampliação desse
serviço, incluindo também o atendimento aos usuários do crack, é
resultado do apelo da juventude no Orçamento Participativo realizado em
2010. O serviço 24 horas funciona no já existente Caps Geral da Regional
II e conta com atenção contínua. No local, são oferecidos dez leitos e
retaguarda clínica para outros serviços de saúde mental, como os Caps
Álcool e Drogas (Caps AD).
Anteriormente, o Centro funcionava até às 17h. Assim, deixava desamparados possíveis pacientes com surtos noturnos e que, consequentemente, eram internados em hospitais. Para a prefeita, esse é um passo a mais na chamada reforma psiquiátrica em Fortaleza, que luta contra a visão hospitalocêntrica de tratamento de pessoas com trasntorno mental.
Atendimento
Conhecido como Caps tipo III, o Centro oferece atendimento em horário integral com equipes multiprofissionais para tratamento de pessoas com transtornos mentais graves e persistentes. Uma média de 45 atendimentos será realizada por mês. Luizianne Lins explica que, atualmente, os centros são procurados não apenas por famílias de baixa renda, como também pela classe média. “Estamos atendendo cerca de 1.500 pessoas por mês em cada um dos seis Caps Geral, ou seja, essa era uma demanda reprimida que Fortaleza tinha”, diz.
O secretário municipal de Educação, Elmano Freitas, observa a inauguração como avanço em uma política de Saúde Mental humanizada. “Estamos, de maneira concreta, superando uma cultura que tinha com política a internação de pessoas com problemas de maneira, muitas vezes, desumana e com torturas”. Segundo a secretária de Saúde do Município, Ana Maria Fontenele, o serviço surge para completar as ações já existentes. Ela destaca, ainda, que, no período de um mês, mais dez leitos 24h serão inaugurados na Regional I. “Além disso, brevemente, vamos abrir a Porta de Entrada de Saúde Mental. Uma urgência anexa ao Gonzaguinha do José Valter”, informa.
Qualidade
Uma questão que preocupa os profissionais da Medicina é a funcionalidade efetiva do atendimento nos Caps. Apesar de reconhecer o esforço da Prefeitura de Fortaleza, diante da necessidade da sociedade, alguns especialistas discutem a preparação adequada dos profissionais.
Para o professor titular da faculdade medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC) e chefe do Serviço de Psiquiatria do Hospital Universitário, Antônio Mourão Cavalcante, o novo aparelho tem característica de urgência. “Parece mais uma resposta, a qualquer preço, para a sociedade que precisa desse tipo de atendimento do que uma ação bem estruturada e planejada que possa trazer resultados”, critica. Questionada sobre o assunto, Luizianne Lins garante que o melhor sistema de rede de atenção psiquiátrica e Saúde Mental está no Município.
Com a reforma psiquiátrica, alicerçada pela Lei 10.216/2001, leitos em hospitais psiquiátricos estão sendo extintos para dar lugar a tratamentos em locais como os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e Centros de Convivência e Residências Terapêuticas. A lei entende que as internações prolongadas não levam o paciente à cura e não lhe possibilitam uma vida digna. Pelo contrário, segregam. Atualmente, a Capital tem seis Caps Geral, seis AD e dois infantis. Os 14 centros atendem a mais de 14 mil pessoas por mês. Com a ampliação do atendimento, o número de profissionais saltou de 54 para 472.
Previsão
Quarenta e cinco é a média de atendimentos que serão realizados, por mês, no Caps 24 horas. Em cada centro existente, são recebidas cerca de 1.500 pessoas por mês.
Anteriormente, o Centro funcionava até às 17h. Assim, deixava desamparados possíveis pacientes com surtos noturnos e que, consequentemente, eram internados em hospitais. Para a prefeita, esse é um passo a mais na chamada reforma psiquiátrica em Fortaleza, que luta contra a visão hospitalocêntrica de tratamento de pessoas com trasntorno mental.
Atendimento
Conhecido como Caps tipo III, o Centro oferece atendimento em horário integral com equipes multiprofissionais para tratamento de pessoas com transtornos mentais graves e persistentes. Uma média de 45 atendimentos será realizada por mês. Luizianne Lins explica que, atualmente, os centros são procurados não apenas por famílias de baixa renda, como também pela classe média. “Estamos atendendo cerca de 1.500 pessoas por mês em cada um dos seis Caps Geral, ou seja, essa era uma demanda reprimida que Fortaleza tinha”, diz.
O secretário municipal de Educação, Elmano Freitas, observa a inauguração como avanço em uma política de Saúde Mental humanizada. “Estamos, de maneira concreta, superando uma cultura que tinha com política a internação de pessoas com problemas de maneira, muitas vezes, desumana e com torturas”. Segundo a secretária de Saúde do Município, Ana Maria Fontenele, o serviço surge para completar as ações já existentes. Ela destaca, ainda, que, no período de um mês, mais dez leitos 24h serão inaugurados na Regional I. “Além disso, brevemente, vamos abrir a Porta de Entrada de Saúde Mental. Uma urgência anexa ao Gonzaguinha do José Valter”, informa.
Qualidade
Uma questão que preocupa os profissionais da Medicina é a funcionalidade efetiva do atendimento nos Caps. Apesar de reconhecer o esforço da Prefeitura de Fortaleza, diante da necessidade da sociedade, alguns especialistas discutem a preparação adequada dos profissionais.
Para o professor titular da faculdade medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC) e chefe do Serviço de Psiquiatria do Hospital Universitário, Antônio Mourão Cavalcante, o novo aparelho tem característica de urgência. “Parece mais uma resposta, a qualquer preço, para a sociedade que precisa desse tipo de atendimento do que uma ação bem estruturada e planejada que possa trazer resultados”, critica. Questionada sobre o assunto, Luizianne Lins garante que o melhor sistema de rede de atenção psiquiátrica e Saúde Mental está no Município.
Com a reforma psiquiátrica, alicerçada pela Lei 10.216/2001, leitos em hospitais psiquiátricos estão sendo extintos para dar lugar a tratamentos em locais como os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e Centros de Convivência e Residências Terapêuticas. A lei entende que as internações prolongadas não levam o paciente à cura e não lhe possibilitam uma vida digna. Pelo contrário, segregam. Atualmente, a Capital tem seis Caps Geral, seis AD e dois infantis. Os 14 centros atendem a mais de 14 mil pessoas por mês. Com a ampliação do atendimento, o número de profissionais saltou de 54 para 472.
Previsão
Quarenta e cinco é a média de atendimentos que serão realizados, por mês, no Caps 24 horas. Em cada centro existente, são recebidas cerca de 1.500 pessoas por mês.
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