Guiné-Bissau promete se defender de força da ONU
20 de abril de 2012
A Guiné-Bissau "defenderá sua integridade territorial" se a
ONU decidir enviar a este país uma "força de interposição", advertiu
nesta sexta-feira o porta-voz da junta que tomou o poder através de um
golpe de Estado no dia 12 de abril.
"Guiné-Bissau não aceitará uma força de interposição porque a
situação não a exige. Se enviarem esta força, (o país) defenderá sua
integridade territorial", disse o tenente-coronel Daba na Walna durante
uma coletiva de imprensa.
A comunidade de países de língua portuguesa pediu ao Conselho de
Segurança da ONU o envio de uma força com mandato para "restabelecer a
ordem constitucional" no país. No entanto, o porta-voz da junta
considerou que "uma força de interposição significa a existência de
beligerantes. Este não é o caso".
Na noite de quinta-feira, o chanceler de Portugal, Paulo Portas,
havia afirmado que "chegou o momento de dizer 'não' ao domínio das
armas sobre as urnas" na Guiné-Bissau, uma ex-colônia portuguesa que
neste mês sofreu o quarto golpe militar em menos de 15 anos.
O golpe ocorreu pouco mais de duas semanas antes do segundo
turno das eleições presidenciais, nas quais Carlos Gomes Júnior era o
grande favorito. Gomes Júnior foi preso pelos golpistas, assim como o
ex-presidente interino Raimundo Pereira.
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